Mudanças com a Reforma Tributária são discutidas na etapa 2 do XIII Seminário Catarinense sobre Atualidades Jurídico-Contábeis
Data de Publicação: 8 de novembro de 2024
Crédito da Matéria: Graziella Itamaro
Fotos: Maitieli Weber
As principais mudanças que virão com a Reforma Tributária foram a pauta nesta quinta-feira (07/11), na etapa 2 do XIII Seminário Catarinense sobre Atualidades Jurídico-Contábeis, promovido pelo Conselho Regional de Contabilidade de Santa Catarina (CRCSC), em Florianópolis.
Neste segundo encontro, o advogado; professor titular da PUCRS e ex-conselheiro do CARF, Paulo Caliendo, trouxe suas visões sobre as principais mudanças que a Reforma Tributária trará para os profissionais das classes contábil e jurídica.
De acordo com o especialista, a primeira grande mudança será a tributação no destino, a segunda seria o fim da guerra dos benefícios fiscais com a mudança para subvenção de projetos de sustentabilidade e redução das emissões de carbono; a terceira mudança será a base ampla de tributação como já existe no restante do mundo, a quarta, o surgimento do comitê gestor e a quinta, a não cumulatividade. “Esta é certamente a reforma que trará mais trabalho para advogados e contadores e será um trabalho muito intelectual. Será uma grande fase de reorganização empresarial nos próximos anos. É a reforma da nossa geração e é nossa responsabilidade fazê-la bem-feita”, ressaltou o palestrante.
O encontro foi moderado pelo contador, empresário contábil, advogado e vice-presidente da câmara de Desenvolvimento Operacional do CRCSC, Willian Schmitt, que destacou a importância da união das classes contábil e jurídica para o entendimento do tema. “Este sistema é novo no Brasil, mas já existe há anos em outros países e precisaremos nos adaptar. Ou reclamamos ou nos adaptamos. Mas sem dúvida em longo prazo haverá desburocratização”, destacou.
Também esteve presente no debate o professor e advogado André Henrique Lemos, que é o coordenador do XIII Seminário Catarinense sobre Atualidades Jurídico-Contábeis. Ele ressaltou que, com a reforma, tanto os profissionais contábeis como os advogados, atuarão cada vez mais como consultores de negócios. “Com a Reforma Tributária essa parceria entre as duas classes será ainda mais necessária para pensar os negócios. Por isso esse debate é só o início do trabalho, pois certamente teremos outros”, destacou.